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ando há anos com vontades expressas debaixo dos dedos. vem-me involuntariamente à memória e sobretudo ao querer as palavras de José Mário Branco. e penso que nos fazem falta palavras que nos revirem as entranhas, que nos acelerem a batida cardíaca e que nos tirem à força desta preguiça de ver tudo como realmente é, como precisa de ser visto e revisto e tudo revirado finalmente. que levantem das cadeiras as pernas e os cérebros façam o favor de comandar as operações. enquanto uns fecham as janelas, outros arrumam vazios os pratos e adormecem também eles vazios de tudo. apetecia-me de vez falar só das constelações e de tudo o que nos compõe em toda a magnânime importância do que faz a palavra ser. mas insisto e não vejo e juro que não compreendo.
lembro-me que me disseram que escrever - para os que sabem o poder que têm entre mãos - é perigoso. desde então, tenho circulado à volta desta vontade, desta necessidade.
"sem medos. mergulhemos fundo."
mas,
compreendamos que temos estado incompletos o caminho inteiro.
agora que já nada nos dói, comecemos.
uso minúsculas mesmo que o assunto seja de grande importância.
não sabemos nada sobre a vida e temos todos um medo atroz de falhar que, a passos largos, falhamos massivamente enquanto se tenta qualquer coisa além de empurrar.
empurremos mais um pouco até que as cordas no pescoço deixem de ter força.
depois, sobramos nós e toda a humanidade que nos restar.
empurremos e que não haja desistências sob o perigo de nos imiscuir-nos de vez no meio do nada.
lembro-me que me disseram que escrever - para os que sabem o poder que têm entre mãos - é perigoso. desde então, tenho circulado à volta desta vontade, desta necessidade.
"sem medos. mergulhemos fundo."
mas,
compreendamos que temos estado incompletos o caminho inteiro.
agora que já nada nos dói, comecemos.
uso minúsculas mesmo que o assunto seja de grande importância.
não sabemos nada sobre a vida e temos todos um medo atroz de falhar que, a passos largos, falhamos massivamente enquanto se tenta qualquer coisa além de empurrar.
empurremos mais um pouco até que as cordas no pescoço deixem de ter força.
depois, sobramos nós e toda a humanidade que nos restar.
empurremos e que não haja desistências sob o perigo de nos imiscuir-nos de vez no meio do nada.
setembro 2012
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se sobrar apenas a humanidade, temos tudo.